Existem várias opções de investimentos no exterior, e a escolha depende dos seus objetivos financeiros, tolerância ao risco entre outros fatores, que já destacamos no texto Investir no exterior: passo a passo para começar aqui no BLOG. Conhecer os tipos de investimentos é algo indispensável para qualquer investidor, seja ele iniciante, ou não. Algumas das opções mais comuns incluem:
- Ações de empresas estrangeiras
É possível investir comprando ações de empresas que são listadas em bolsas de valores estrangeiras, através de corretoras internacionais. O valor das ações no mercado de ações pode variar com base em diversos fatores, como o desempenho financeiro da empresa, as condições econômicas, mudanças no setor em que a empresa atua, entre outros. Para aqueles que desejam diversificar seu portfólio e obter exposição a diferentes economias, essa é uma boa forma de começar a investir.
- Fundo de investimentos em ações (ETFs)
Envolve investir em fundos que possuem uma carteira diversificada de ativos estrangeiros, como ações, títulos e imóveis. ETFs (Exchange Traded Fund) são fundos de gestão passiva que possibilitam ao investidor alocar recursos em diversos ativos, simultaneamente, proporcionando mais praticidade. Existem opções de ETFs tanto em corretoras brasileiras quanto em corretoras internacionais. As corretoras internacionais oferecem muito mais opções de investimento através de ETFs. Para aqueles que desejam diversificar seu portfólio, mas não têm tempo ou conhecimento para gerenciar ativos estrangeiros individualmente, essa pode ser uma boa opção.
- Fundos de investimento imobiliário (REIT)
Os Fundos de investimento imobiliário, negociados em bolsa de valores, são veículos de investimento que permitem que os investidores apliquem seu dinheiro em empreendimentos imobiliários, como edifícios comerciais, residenciais, shoppings, hotéis e outras propriedades. O Real Estate Investment Trust (Reit) funciona de forma parecida com os fundos imobiliários brasileiros, mas a renda da aplicação tem origem em imóveis nos Estados Unidos e permite alavancagem. O produto pode ser acessado diretamente ou por meio de ETFs e BDRs negociados no Brasil.
A principal característica dos REITs é que eles oferecem aos investidores a oportunidade de investir indiretamente em uma carteira diversificada de imóveis, sem a necessidade de comprar as propriedades físicas, individualmente.
A estrutura dos REITs é projetada para oferecer benefícios fiscais aos investidores, desde que atendam a certos critérios. Em muitos países, os REITs são obrigados a distribuir a maior parte de sua renda aos acionistas na forma de dividendos. Isso geralmente resulta em rendimentos atraentes para os investidores, tornando os REITs uma escolha popular para aqueles que buscam renda estável.
- Títulos dos governos (BOND)
Os títulos dos governos (BOND), como tesouro direto no Brasil, são instrumentos financeiros emitidos pelo governo de um país para financiar suas operações e projetos. Es-
ses títulos são uma forma de captação de recursos, onde o governo pede emprestado dinheiro ao público em troca do pagamento de juros periódicos e a devolução do valor
principal no vencimento.
Existem vários tipos de títulos do governo, mas os mais comuns incluem:
- Tesouro Selic: Este título é indexado à taxa de juros Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Ele é considerado o mais seguro, pois seu rendimento está atrelado à variação da taxa de juros.
- Tesouro IPCA+: Também conhecido como Tesouro IPCA ou NTN-B, este título é indexado à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no Brasil. Ele oferece proteção contra a inflação, pois seu rendimento é ajustado pela taxa de inflação.
- Tesouro Prefixado: Este título tem uma taxa de juros fixa definida no momento da compra, o que significa que o investidor sabe exatamente quanto receberá no vencimento, independentemente das variações da taxa de juros.
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: Semelhante ao Tesouro Prefixado, mas com pagamento de juros semestrais.
Os títulos do Tesouro Direto são considerados investimentos de baixo risco, uma vez que são emitidos pelo governo federal. Eles também são altamente líquidos, o que significa que você pode vendê-los antes do vencimento no mercado secundário. Além disso, o Tesouro Direto oferece uma opção de investimento acessível para os brasileiros, permitindo a compra de títulos com valores relativamente baixos.
- Títulos de empresas privadas (BOND), como debêntures no Brasil
São instrumentos financeiros emitidos por empresas privadas para captar recursos no mercado financeiro. No Brasil, um tipo específico de título de empresa privada é chamado de “debênture”. Ao adquirir uma debênture, o investidor está emprestando dinheiro para a empresa emissora em troca de juros periódicos e o pagamento do valor nominal no vencimento. Elas são uma forma de captação de recursos no mercado de capitais e podem ter características variadas, como prazo de vencimento, taxa de juros, forma de pagamento, e garantias.
Semelhante debênture, Bond é a denominação genérica para títulos de renda fixa negociados no exterior, tanto públicos como privados. Representam uma possibilidade grande de diversificação para investidores acostumados a aplicar somente em ativos brasileiros. É uma forma bastante eficaz de diversificar o portfólio, pois o mercado internacional expande consideravelmente o universo de opções de investimentos.
- Imóveis no exterior
Comprar imóveis em outro país, como casas, apartamentos ou terrenos pode ser atrativo para aqueles que desejam diversificar seu portfólio e obter renda passiva através de aluguéis. No entanto, é importante levar em conta as regulamentações imobiliárias e fiscais do país em questão.
Investir em imóveis no exterior pode diversificar a sua carteira de investimentos, reduzindo o risco associado a flutuações econômicas locais. Alguns mercados imobiliários internacionais podem apresentar um maior potencial de valorização do que o mercado local. Propriedades de aluguel no exterior podem gerar renda passiva em uma moeda estrangeira, proporcionando proteção contra desvalorizações da moeda local. Alguns países oferecem vistos de residência ou cidadania em troca de investimentos imobiliários, o que pode ser uma oportunidade para diversificar seus ativos e/ou obter residência em outro país.
Por outro lado, investir no exterior pode envolver custos significativos, incluindo taxas legais, comissões de agentes imobiliários, impostos estrangeiros e taxas de conversão de moeda.
As mudanças nas taxas de câmbio podem afetar o valor dos seus investimentos e a renda gerada pelas propriedades. Os mercados imobiliários no exterior podem ser voláteis e sujeitos a ciclos econômicos diferentes.
- Participação direta em empresas
Investir em participação direta em empresas no exterior refere-se à aquisição de ações ou ou participações acionárias de empresas estrangeiras como parte de um portfólio de investimentos. Isso pode ser feito de várias maneiras, incluindo a compra de ações de empresas listadas em bolsas de valores estrangeiras, investimento em startups ou empresas privadas, ou até mesmo a compra de uma participação significativa em uma empresa existente.
Investir em empresas estrangeiras permite aos investidores diversificar seus portfólios internacionalmente. Diversificar geograficamente pode ajudar a reduzir o risco associado a eventos econômicos específicos de um país.
Por outro lado, expõe os investidores aos riscos cambiais. As flutuações nas taxas de câmbio podem afetar o valor dos investimentos quando convertidos de volta para a moeda local do investidor.
Lembre-se de que cada tipo de investimento no exterior tem seus próprios riscos e benefícios, e é importante fazer uma pesquisa completa, considerar seus objetivos financeiros e buscar aconselhamento financeiro antes de investir no exterior. Além disso, pode haver implicações fiscais ao investir em ativos estrangeiros, por isso é importante entender as obrigações fiscais em seu país de residência.